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Adriana

2º Projeto Engenhar da CRASA Infraestrutura apresenta tendências e impactos da geração de energia hidrelétrica no Brasil

Cerca de 100 pessoas participaram online do 2º Projeto Engenhar, promovido pela CRASA Infraestrutura, nesta segunda-feira (20/05). O evento contou com a palestra do Engº Civil Cláudio Marchand Kruger, que abordou a geração de energia hidrelétrica no Brasil. O professor da UFPR e consultor nas áreas de hidrologia e engenharia de recursos hídricos concentrou sua apresentação nas tendências e impactos ambientais e sociais desses empreendimentos.

 

Guilherme Machado, Diretor de Novos Negócios da CRASA, abriu a segunda edição do Engenhar, destacando a importância do evento para despertar e enriquecer o conhecimento dos participantes relacionado à Engenharia. “Hoje, temos a satisfação de contar com a presença do professor Claudio Kruger, que nos traz um tema relevante dentro do segmento de energia, que é um dos pilares do planejamento estratégicos e novos negócios da companhia”, pontuou.

 

Kruger dividiu sua apresentação em tópicos e abordou um panorama histórico sobre o uso da água como fonte de geração de energia, mercado energético no Brasil e no mundo, funcionamento de uma usina hidrelétrica e comparação do parque hidrelétrico com outras fontes alternativas, concluindo com tendências e perspectivas. 

 

Sobre a geração de energia elétrica global, Kruger afirmou que quase 60% da energia elétrica é produzida por fontes fósseis (carvão e gás natural). Já no Brasil, a principal matriz energética é hidrológica, totalizando 1.368 usinas hidrelétricas, sendo que é o país com a maior disponibilidade hídrica do mundo. Mostrou como funciona o Operador Nacional do Sistema (ONS), responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SNI) e também os critérios exigidos para a implantação de usina hidrelétrica e os elementos de regularização da vazão de água nos reservatórios.  Fez um breve panorama das fontes alternativas no país, destacando o avanço da geração de energia solar e eólica. Hoje são 836 aerogeradores e 13.303 unidades fotovoltaicas.

 

De acordo com Kruger, não há solução mágica para obter energia barata e 100% limpa. “Para se chegar a uma matriz energética econômica, social e ambientalmente viável é necessário diversificar fontes, e analisar cuidadosamente seus benefícios, impactos e ciclo de vida da obra”.

 

O parque gerador considerado ideal, segundo ele, mistura fontes de energia, visando segurança energética, baixo custo e controle da emissão de gases de efeito estufa.  “É fundamental pensar no impacto de não realizar um projeto de geração de energia, e não apenas em seus impactos se o projeto for realizado. O negócio da geração hidrelétrica é conhecido por sua estabilidade, previsibilidade e confiabilidade em quase todas as dimensões”, acentuou.

 

Kruger lembrou que no Brasil ocorre um paradoxo ambiental: “devido aos entraves burocráticos e oposição da opinião de alguns grupos é mais fácil licenciar um empreendimento de geração de energia a partir de petróleo e derivados, em vez de usar água”, criticou. “Alguns aspectos globais são ignorados, como o direito da maioria das pessoas em ter energia mais barata e direito da humanidade em ter a atmosfera limpa e livre do efeito estufa. 

 

“A geração hidrelétrica sempre foi contemporânea e sempre será. Hoje em dia, ela tem o papel moderno de tornar a transição energética possível devido à sua previsibilidade, flexibilidade e capacidade de armazenar energia. Existe alguma outra tecnologia que permanece moderna por mais de 100 anos?”. Para finalizar, citou a Usina Hidrelétrica de Itaipu que chegou aos 50 anos em plena operação.




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